Antigamente, os poetas inspiravam-se
Nos pássaros que cantavam,Nos rios que corriam,
Nas folhas que dançavam
A balada do bravo vento
Que deliciosamente soprava,
Inspiravam-se
Nas flores que encantavam
Os olhos que as viam
Florir, e p coração batia,
Pois, nesses jardins
Havia sempre um homem
E uma esbelta mulher;
O homem, um autêntico cavalheiro,
Oferecia a flor encantada
Á encantadora mulher.
Esse homem era o poeta,
E escrevia versos delicados
Sobre tudo o que de bonito via,
Tinha paixões violentas
Pela deusa, a mulher,
Que a flor oferecia.
Agora os poetas
Não têm tempo
De se sentar num banco de jardim,
Nem de observar a natureza a florir,
Nem tempo têm
Para ver o castor a partir a arvore,
Nem o caçador a apanhar o coelho,
Nem de dar milho aos pombos
E pão aos patos,
Nem de ver
o cão a correr
Atras da perspicaz borboleta.
Os novos poetas inspiram-se
Nos poemas e nos amores perdidos
Dos Poetas Antigos.
Tatiana Henriques (eu), 2011
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