terça-feira, 17 de abril de 2012

"Alguém quer bolachas?"

Este meu poema é dedicado à minha única seguidora, Inês Almeida, obrigada por me apoiares, Já agora o poema tem o nome do Blog dela - "Alguém quer bolachas", é um optimo blog, não é de poesia mas é fantastico!

                  "Alguém quer bolachas?"
Chego a tua casa
E nem bato à porta,
Apenas entro…
Digo um bom dia à tua mãe,
E uma boa tarde ao teu pai,
Não vou dizer nada ao teu irmão
Para não o incomodar,
Dou-te um beijo na testa,
E digo que quero ir lanchar.
Ao inicio ainda me perguntavas:
“Queres bolachas ?”
Agora só tens tempo de dizer:
“Vai buscar!”

Queria aprender contigo
Tudo o que sabes:
Piano, Violino;
Cantar, Dançar;
Desenhar, patinar;
Rir e sonhar!
E no final saber amar
As pessoas todas,
Sem nunca criticar.
Queria aprender isto tudo contigo
Mas, Foscasse é tanta coisa
Que o melhor é por me a comer bolanhas,
E continuar
A te adorar.
                                                                                                16/04/2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Soltem-me!

Soltem-me!     

Tirem-me as correntes
Deixem-me fugir
Tirem me a fita-cola
Deixe-me gritar!
Calar-me é matar-me!

 Dêem-me me um tiro
E deixem-me morrer
Ou deixei-me viver
E ser eu,
MAS DEIXEM-ME!!!



                                                                

Eu e tu, minha irmã

Eu e tu, minha irmã

Uma pequena força
Com outra pequena força,
Podem vencer batalhas
E até guerras…
 
Essa pequena força
Como outra pequena força
É tão forte,
Pois é a amizade!

Essa amizade
É a força que nós une
E que nós faz ter força,
Quando eu e tu,
Minha irmã,
Se juntamos…
                                                               
                                                2010

Ás vezes também magoas!

Ás vezes também magoas!

Às vezes também magoas
Às vezes dói,
Às vezes está a sagrar…

Às vezes passa,
Às vezes voltas,
Às vezes dás voltas
E não sabes onde vais parar…

E tu não percebes
Às vezes não percebes nada
Às vezes mais valia estares calada…
É um refúgio,
És um porto seguro
Que nem sempre está seguro
Mas pensas que dás segurança…

És uma protectora
Que não sabe proteges
És tudo ou nada
Quando devias estar calada!

O meu anjo da guarda!

Como vão reparar, eu escrevia muito para a minha irmã.

O meu anjo da guarda

O meu anjo da guarda,
É uma menina,
E é uma menina alegre,
Menina morena
Que deslumbra todos os olhos
 Que a vêem,
Todos gostam dela,
Outros olham com inveja,
E eu tenho o desejo
De ser como ela.
Ela é uma Deusa,
Ninguém duvida disso,
E é uma deusa alegre….

Essa menina é irmã minha,
Minha irmã serena,
Que como a sua firmeza
Até manda em mim,
Um mandar elegante
Mas um pouco irritante!
É ao contrario de mim,
Delicada,
E toda emproada!
Apesar de tão nova ser,
Ela sabe sempre o que fazer.
E por isso eu adoro-a
E daria a minha vida
Para salvar a dela.
A menina toda gostosa
Que simplesmente a amo!    


                                                    Março 2010

Não há prenda para ti!

Bem sei que este não é lá grande coisa, mas eu era nova quando o escrevi, e para a idade que tinha... foi uma prenda que dei há minha irmã pelos anos dela
       
                                   Não há prenda para ti!

Até pensei em comprar
Mas nem uma prenda
Te consegui encontrar,
Tu tens tanto valor
Que não há nada
Que chegue ao teu calcanhar…

 Até pensei, em te recitar
Um rap do Boss AC
Ou uma musica do ACDC
Mas nenhuma melodia
Tem tanta magia
Como tu.

Pensei em Camões,
Poemas dos tempos dos canhões,
Mas nem isso
Tem tanto valor Histórico
Como uma princesa
Como tu!

 Pensei em chocolates,
Peluches e doçarias,
Brinquedos e fantasias,
Mas não coisa mais bonitinha
Que tu.

 Pensei em tudo…
E conclui
Que tudo já és tu!
És uma irmã perfeita
Para a qual não há prenda perfeita!


domingo, 15 de abril de 2012

As vezes confunde-me tudo…

                
Mais um poema que escrevi:
             
                             As vezes confunde-me tudo…
Nunca gostei de ganhar raízes,
Farto-me depressa dos sítios em que fico,
Nem sempre me dou bem
Com o sitio para onde mudo,
E tenho sempre medo,
Medo de mudar novamente…

Parece estranho,
Parece confuso…
Confundo o real com o Imaginário….
E agora, começo a perceber
Que quando não percebo
Mudo…

Mudar … Para encontrar
Algo perdido
Mas nunca está perdido
Apenas confuso…
Sinto –me confusa
E mesmo com medo,
Mudo…

As vezes a tristeza e a alegria
Deixam de ser um paradoxo
Para mim, confundem-se!
Ou sou eu que as confundo?!

As vezes confunde-me  tudo…

O medo e a angustia,
O bem e o mal,
O certo e o errado,
O belo e o feio,
O amor e o odeio…

Por isso tudo,  sinto-me confusa,
E fujo,
Não sei para onde,
Mas fujo sempre…
Fujo sem fim
Nem sempre tem principio,
Quando dou por mim…
Já fugi!

Para a minha prima B.C.


Para a minha prima B.C.


Quando eu a conheci
Era uma criança
 Idêntica ás princesas dos livros,
 Ás bonecas que qualquer menina quer ter. 
Era Loira de olhos azulados,
Os dentes ainda de leite,
As mãos pequenas e macias,
E tinha voz de criança destemida.

 Pequei-lhe ao colo tantas vezes
 Brinquei á sardinha com ela,
 Ah, ainda me lembro da partidas
Que com ela fazia!
 Eu, a mais velha,
Ela a mais nova.
 Junta, o demónio.

 Agora a menina cresceu
 Mede tanto como eu,
 Ai, como me sinto velha!
 Agora é quase uma mulher,
 Forte que nem um rochedo,
Alta que nem um pinheiro,
 Desdobrável que nem aço,
Esconde o que sente como um iceberg
 Se oculta no mar,
Só ela sabe o que pensa,
 Só ela sabe o que é.
Se chora? Se chora ninguém vê,
Se ri, ninguém sabe
Se na verdade quer chorar…
Pois, Enquanto lhe apregoo com coisas
Que outros chorariam
Ela risse connosco
Como se não a tivéssemos a massacrar.

Não fazemos por mal
Fazemos para a testar,
É a única que não se importa
Ao pelo menos é isso
Que quer demostrar.
E se cobiçarmos os olhos dela,
A ela dizemos mal,
Só para a provocar. 

É prima minha,
Pequena para mim ainda,
 Quem me dera que fosse ainda criança
 Para eu continuar a protege-la,
 Mas com tamanha mudança
Quem a protege melhor que ninguém
 É somente ela…
 Gosto tanto da minha Cinderela,
Da Bárbara Courela...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quando estou contigo

Bem este meu  poema, é um poema romântico!


    Quando estou contigo:                          
   
Ouve-me:
Quando eu estou contigo
Os pássaros e as borboletas
Festejam juntos,
Comemoram a felicidade
Falam de nós,
Partilham a nossa história…

Vejo corações…Não vês?
Olha! Olha bem!
Ali! Ali estamos nós…
Olha o arco- iris,
Imagina e vê!  
Esta mesmo por ali
Por cima de mim e de ti!

 Estão dois graus negativos
Mas não tenho frio
Será que é por estar ao teu lado?
Sentes?
O meu coração bate
Está brutalmente apressado
Contradiz a clama que sinto
Por estar contigo.

Não tenho pressa…
Podia ficar contigo assim
Para sempre,
Raios! O meu coração está acelerado.
Calma coração!
Não estejas apressado
O meu namorado não está atrasado!
Podemos ficar!

 Bolas! Chegou o autocarro.
Mandamos parar?
Sim. Paramo-lo
Mas nós continuamos bem agarrados
E o autocarro fica parado
Á espera que nós o deixemos avançar!

Paramos o relógio também!
O terramoto pára!
O ciclone não avança!
O grande relâmpago fica suspenso no ar!
E aos poucos…O nosso amor
Tudo consegue controlar!

As catástrofes acalmam,
Voltam para trás,
Substituímo-las por paz!
Sinto a calma
Do mar, do vento,
E do sofrimento.  
  
Tudo acalmou! Já não há dor!
O vento está contente!
O mar está casado!
E todos festejam!
Ouviste os foguetes?

 Uns batem palmas,
Outros gritam de alegria,
Ouvem se risos…
Estão todos contentes!
O mundo é nosso!
E é feliz …

Ouvi o periquito
Fez as pazes com a Rola
A guerra acabou!
Extinguiu-se a fome
Todos têm de comer.

Ouve-se o som da paz e do amor
Quando eu e tu estamos juntos
Reina a felicidade
O mundo parece perfeito,
Perfeito o imperfeito do mundo!

 Quando me vou embora
O mundo volta ao normal…
Instala-se a saudade…
Contudo continuo a acreditar
Que quando voltar
Vamos dominar o mundo novamente!

 Depois quando parto,
Eu ligo-te, ou tu a mim,
O telefone foi uma boa invenção!
Consigo ouvir a tua voz
A saudade acalma,
E continuo feliz...


Eu sei e choro!

                               Eu sei e choro!

Foi numa tarde…
Estava sentada,
Não sabia o que escrever,
Estava sozinha,
Estava a chorar
Ou estava a chover?
Eram pingos grossos
E constantes,
Que nem sei se vinha do céu
Ou dos meus olhos...

Porque choro tanto?
Não era suposto estar feliz?
Tudo o que queria tenho,
Tenho te a ti.
Mas porquê? Porque choro?
Não te sei deixar ir embora
Nem sou feliz se ficares
Pois tu não me queres amar.
E eu sei… E choro!

(este poema também fui eu que escrevi)

Eramos paisagem

Carina vais gostar do final deste meu poema:

      Eramos paisagem:

Esquecer o que não dá para esquecer,
Não pensar no pensamento,
Passar horas em movimento
Sem sentir o sentimento,
E amar apenas a Natureza

 Seria tudo mais fácil,
Menos frágil,
Uma felicidade inconsciente,
Mas plena e para sempre,
Sem problemas ou derrotas
Não eramos pessoas
Eramos paisagem!

Os Poetas Antigos

Mais um poema meu:


Antigamente, os poetas inspiravam-se
Nos pássaros que cantavam,
Nos rios que corriam,
Nas folhas que dançavam
A balada do bravo vento
Que deliciosamente soprava,
Inspiravam-se
Nas flores que encantavam
Os olhos que as viam
Florir, e p coração batia,
Pois, nesses jardins
Havia sempre um homem
E uma esbelta mulher;
O homem, um autêntico cavalheiro,
Oferecia a flor encantada
Á encantadora mulher.
Esse homem era o poeta,
E escrevia versos delicados
Sobre tudo o que de bonito via,
Tinha paixões violentas
Pela deusa, a mulher,
Que a flor oferecia.

Agora os poetas
Não têm tempo
De se sentar num banco de jardim,
Nem de observar a natureza a florir,
Nem tempo têm
Para ver o castor a partir a arvore,
Nem o caçador a apanhar o coelho,
Nem de dar milho aos pombos
E pão aos patos,
Nem de ver
 o cão a correr
Atras da perspicaz borboleta.
Os novos poetas inspiram-se
Nos poemas e nos amores perdidos
Dos Poetas Antigos.


                                                                   Tatiana Henriques (eu), 2011
 




terça-feira, 10 de abril de 2012

Sozinha

Sozinha - este meu poema já tem uns aninhos


Estar Sozinha
É permanecer no meio da multidão,
Mas sentir-se no meio da escuridão,
É viver em solidão
Como se tivesse numa prisão,
Tentar encontrar alguém
 Mas não ter ninguém,
É chorar em silencio,
É fingir sorrir,
É ver desenho,
Pintura,
E até arquitectura
Mas não pertencer a nenhuma escultura,
É sentir um vazio,
E saber que todos estão com alguém,
E eu não…
Não se pode pensar
Se não começa-se a chorar,
Tento inventar
Que alguém estará a meu lado.   

Agarra-me

Este meu poema é de finais Janeiro de 2011,  chama-se "Agarra-me":

        Agarra-me

Agarra-me!
Prende-me nos teus braços,
Não me largues...
Não me langues nunca!

Protege-me,
Não me deixes cair,
Sei que contigo estou bem,
Podíamos ficar assim,
Sem limite de tempo e de ninguém.

Não! Eu não me vou embora!
Não tenhas medo
Eu não vou fazer
O que te fizeram.

Confia em mim
Eu confio em ti
Prende- te em mim
eu prender-me-ei também.

Uma fase negra da minha vida

Engraçado ! nunca mostrei este poema a ninguém, mas vou mete-lo aqui, por já ter coragem para, foi uma fase bastante dificil da minha vida, que por vezes volta mas rapidamente desaparece, e como agora, esta fase negra está adormecida, vou publicar o poema tambem criado por mim (ainda sem título):
       

Estou deserta para ter coragem para desistir…
Não aguento mais!
 Cada segundo de vida sufoca-me!
Mas não consigo sufocar me de vez..

Não aguento…
Queria prever o futuro
Para ter coragem de o parar!

Todos me desiludem!
Todos os dias alguém diferente,
Quando não são vários no mesmo dia,
Também sou odiada por bastantes.
E quero morrer por um só.

NÃO!

Não aguento mais
As pessoas e a vida!
                                              

O medo de ser velha

Outro poema meu:
O medo de ser velha
Não consigo imaginar como vou ser
Com as marcas da vida no rosto,
Cabelos da cor da neve,
Não consigo imaginar:
Com dificuldades, a subir as poucas escadas,
A apanhar um lápis caído no chão
A ser abandonada como um trapo velho.                               

Talvez por isso,
Acredito, e tenha este pressentimento
Que a morte me levará antes de conhecer os meus netos,
Talvez porque tenha medo da fragilidade que terei
Da dificuldade de os levantar ao ar,
E não imagino a lhes dizer:
- “Às escondidas não pode ser, queridos”

                                                                  Data:  Março de 2012

Apenas perspectivas… de nada

Este poema é um poema que escrevi sobre uma paixão que tive no passado, daquelas paixões em que só um ama...

                               
Apenas perspectivas… de nada
Voltei a sonhar,
Voltei a ver-te,
Parecia realmente real,
Parecia ser assim...


Parecia sorrir,
Parecia feliz,
Aparecia contigo,
Parecia ser tu e eu...

 Depois acordei
Não havia nada,
Apenas eu sem o tu,
Talvez os verbos nunca se tenham conjugado em nós
E eu pensava  que sim.



Parecia tão real
E era tão irreal,
Parecias tão leal
Mas continuas ileal…

Pensava ter- te esquecido,
Nunca te esqueci…
Ainda não te esqueci
Continuo a pensar em ti,
Continuo a querer ver-te
A querer ter-te...

Primeiro apareceu o sol,
E eu não via nada,
Depois desapareceu
Já não havia nada!

Era só ilusão,
E foi só desilusão
Minha solução,
Eu e tu nunca fomos nós,

Equação infinitamente impossível,
Acontecimento infinitamente improvável,
Se fosse matemática a probabilidade era 0,
Mas eu não sou boa a matemática,
Pensava ser mais de 50,
E era apenas nada...
 
Continuo a olhar-te
Continuo a imaginar-te
Continuo a sonhar contigo
Continuo a não te esquecer...
Mas nunca mais isto chega ao fim...

Não é amor!
Não é dor!
É perspectiva!
É esperança impossível,
É optimismo negativo
É tudo de nada...

É um paradoxo sem fim,
Um fim sem principio,
Um finito sem infinito,
É um tudo de nada...
Um tudo de nada...
Tudo de nada...
nada...
Apenas nada...

 

Quem somos

O segundo poema que escrevi foi sobre o que faz de nós pessoas, e o poema é o seguinte:

Quem somos

 
Não somos só o que vestimos,
Só o que falamos
Uma palavra que dizemos,
Um gesto que fazemos,
Um defeito ou uma qualidade;
Somos também o que pensamos
O que pensamos fazer,
O que não fizemos
Por timidez, ou por medo
Ou para não magoar ninguém,
Somos não só aquilo que mostramos
Mas também o que queremos mostrar,
Não somos apenas um ser insignificante
Mas sim um ser com difícil significado,
Somos todos diferentes,
Mas todos difíceis de entender
E por isso somos pessoas ...


Quem sou?

Um dia acordei e lembrei me, vou criar um blogue para publicar os meus poemas. E hoje é o dia. Vou começar já com um poema que dei o título de Auto-retrato, que o fiz quando tinha 15/16 anos para um trabalho de português em que eu escolhi escrever o seguinte poema:
Auto-retrato 

Escrevo com uma mágoa profunda
E um profundo desconhecimento,
Um desconhecimento de mim e do mundo.
Queria estar parada e só olhar
Mas deixo que me olhem e comentem,
Deixo que a vontade dos outros seja
Mais forte que a minha própria vontade.
Não sei quem sou, nem mesmo o que vou ser,
Nem faço ideia do que fui,
Ora triste ora contente
Nesta adolescência insignificante,
Mais vezes triste que contente vivi,
Nasci a chorar
E haide por este andar
Morrer a chorar.
Quando? Não sei, um dia saberei
Em breve, daqui a um dia, ou mesmo hoje,
Ou posso só morrer daqui a muitos anos
Quem sabe?
Fartos de mim estão,
Estou também eu farta,
Farta não sei bem do quê, mas sei
Que queria liberdade
Onde está? Também não sei
E a felicidade? Que tanto procuro
Escondida por ai não sei onde
No meio de tantas dúvidas continuo
Sem saber quem sou.
Talvez um dia, não sei quando, me encontrarei…