O medo de ser velha
Não consigo imaginar como vou ser
Com as marcas da vida no rosto, Cabelos da cor da neve,
Não consigo imaginar:
Com dificuldades, a subir as poucas escadas,
A apanhar um lápis caído no chão
A ser abandonada como um trapo velho.
Talvez por isso,
Acredito, e tenha este pressentimentoQue a morte me levará antes de conhecer os meus netos,
Talvez porque tenha medo da fragilidade que terei
Da dificuldade de os levantar ao ar,
E não imagino a lhes dizer:
- “Às escondidas não pode ser, queridos”
Data: Março de 2012
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