quarta-feira, 28 de março de 2018

Aquele miúdo que eu vi,
Vai ser poeta,
Pela ponta da caneta
Vão sair grandes obras!
Acreditrm em mum.
Sei-o, e sei o bem
Eu era igual
No tempo em que era ele.

A poesia flui
Como uma flor na primavera
Mas em qualquer estação
Pois vem do coração
Que importa a idade?
Não deixa de ser poesia
E aquele miúdo que eu vi,

  1. Vai ser poeta!
E raro confiar
Nem em mim
Nem em ninguém
Nem no mar!
Brutamente mente!
Enrola a areia,
Engana-a tão bem!
Finge apaixonado
Finge enamorado
Mas bate lhe com desdém!
 E a lua?
Finge brilhar
Finge contente
Não dá para confiar
E a rocha?
Se é rocha não sente
Até uma porta mente
Tem função de fechar
Mas tem uma fechadura
Onde se pode espreitar!
Contudo eu prometo,amor
Eu vou tentar
Em ti, confiar!
Tenho vertigens!
Tamanha é a felicidade
O que era
Para o que é
Sorte?
Nao sei.
Ou eu mudei.

Parece mentira
Tudo tão diferente
Tudo tão contente
A vida passa leve
A vida passa breve

Não deve ser verdade
Agora tudo corre bem
Shiuuu
Nao digas a ninguém

O mundo é demasiado!

Demasiado .... grande
Para um só
Demasiado. .. pequeno
Para dois....
 Sentimo-nos sempre confusos
Entre o pequeno e o grande.

A verdade é que tudo nos confunde
Mundo pequeno
Não nos deixa respirar
(E às vezes é bom não respirar)
Mundo grande
Faz nos sentir sozinhos
(E às vezes é bom estar sozinhos)

Viver num mundo grande
Parece que não temos nada
Viver num mundo pequeno
Parece que temos tudo
(Isso deixa me a pensar)

Ora assim,
O mundo pequeno é mais acolhedor
Nao da como evitar
Viver a namorar
Viver a dois

A Prostituta

Mudaste liliana?
Ouvi bem?
Hoje também ?
Estou tou farta de ouvir
Dizes sempre, todos os dias,
Ás vezes mais de uma vez
"Eu mudei!"

Continuas a mesma
Prostituta liliana,
Que dá para toda a semana.


Mudaste sim,
De casaco de peles,
És tão reles.
Verdade crua e nua!
(Menos nua do que tu)

Vendeste a preço
De um pouco de felicidade
(E um casaco de peles)
Dizes mudada
Mas não deixas de ser reles.

E o teu filho? Coitado!
Tu de fio dental
E ele nasceu mal,
Tem uma doença mental
E tu so te preocupas
 em vestir um animal

E és feliz?
Zangaste-te com que te queria bem
Sorris para que não te quer
E queixas te a mim
Que não tens ninguém.

Desculpas-te com o mau feitio,
Feitio esse que é fácil
Se te derem o que queres
Deixa essa vida
Deixa esse casaco!
É pago com o escravo do corpo.

Muda de vez sem ser de boca
Pelo teu filho, liliana
Quando está na cama
Tem medo de ficar sozinho
Não têm pai, mal tem mãe
Filho de ninguém
Filho do mundo...
Só conhece o cheiro de tabaco e beirão
E não sabe o cheiro do biberão!

No meio de tanto mal,
Nem a assistente social
Te vale.
Nem entra em tua casa
Para ver o que andas a fazer.
Negligência de progenitora
Que nem mae se chama
Prostituta liliana!

Muda liliana!

terça-feira, 27 de março de 2018

Queria ser um pássaro e voar,
Voar sem parar,
Para onde? Não sei
Voar até encontrar
Um lugar para sempre ficar.

Numa ilha?
Numa praia?
Um lugar para ser feliz
Feliz sozinha ou com alguém
Alguém para amar.

E se não houver ninguém
Pelo menos meu pai
E minha mãe
Podiam ficar

Todavia, não sendo ruim
Agora preciso de ser um pássaro
Voar sozinha
E assim me encontrar
Depois voltar
poderia só assim ser feliz


                2014
A vida é uma monotonia
Como uma melodia
Que vai passado no Phone
Vezes e vezes
Sem darmos conta.
Já não há adrenalina
E quando existe, perdemos
Comemos por comer,
Falamos por falar,
(Ou para não estar calado)
Rimos para nao chorar,
Choramos para não rir,
Acordamos por acordar,
E adormecemos por asormecer...
De manhã é levantar,
Vestir, pentear,
Comer e ir trabalhar...
Todos os dias assim!
E ainda têm a lada
De dizer como prazer
É o quotidiano!
O que posso escrever?
Letras...
Palavras ...
Linhas...
Excertos...
Livros...
Ou simplesmente nada!

O que posso escrever?
Canções...
Corações...
Sentimentos. ..
Amizade...
Felicidade...
Ou simplesmente nada!

O que posso escrever?
Purezas...
Certezas...
Espertezas...
Proezas...
Tristezas...
Ou simplesmente nada!

O que posso escrevet?
O que eu quiser
E eu quero escrever tudo
Não deixar nada por escrever
Ou simplesmente nada !


Quero ser poeta
Sem me importar as rimas,
Importa-me escrever!
Se rimar?
É sem querer!

Quero ser original!
Não vou falar da história de Portugal,
Não me chamem egoista
E não levem a mal,
Mas eu vou falar de mim!

Nao me importa,
Não me importo com nada!
Se deveria rimar
Se deveria tet 4 ou 5 estrofes
Ter 4 ou 5 versos
Ou assim assim ...

Mando todos para o inferno
(Que é mesmo assim)
Faço como quero
E os que lêem
(Ou nao)
Sentem neles,
Com o coração!


Outro eu

Às vezes sinto me outra
Um outro eu em mim
Um eu que não sou eu
É outra dentro de mim!

Uma outra de um outro eu,
Algum eu de mim
Diz-me que não sou eu
Eu não conheço todos os eus
Mas eles reinam em mim!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Campos estava cansado
Caeiro antisocial 
Ricardo nao sabia amar direito
E eu,
 como nao ha nenhum ser perfeito
estou casada 
De estar rodiada 
De uma sociedade 
Que nao sei como amar...


Proventura, eu seja Pessoa
Uma mistura quer me parecer
Esquizofrénica vais tu dizer
Sozinha que bem que soa 
Quando hei de eu desaparecer?!



Com tantos amores nao morri
Também nao me espanta
Serei eu uma flor?
Como a Florbela Espanca?
Ai mundo de horror!
 Que de ti nao quero ser!